segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Hoje as coisas parecem não estar tão bem...


Tem dias que a gente parece acordar sem forças pra lutar. Parece que o peso dos nossos problemas recai sobre nossas costas de uma só vez, como se o enorme guindaste que os segurasse sobre nossas cabeças, que até então somente nos deixava sentir o peso dos problemas bem suavemente, tem seu cabo rompido sobrepondo-nos algo que temos certeza não sermos capazes de carregar nos ombros.

É fácil dizer que devemos erguer a cabeça e continuar lutando pra nos reerguer, mas a verdade maior de tudo isso é que passamos a vida numa tênue linha. Sobre o fio de uma faca bem afiada. De um lado a satisfação, do outro a depressão completa. Em dados momentos tendemos a cair de um lado ora de outro e assim vamos até chegar ao fim do fim onde somos contemplados com a única forma de total ausência de sofrimento: a morte.

Viver sem sofrer um pouco não teria graça, pois não veríamos a beleza das alegrias. Por outro lado, cada vez que mergulhamos em nossas próprias frustrações, sentimo-nos sós e percebemos um pouco a morte.

Neste momento eu me sinto um pouco assim. Estou cansada e vejo a morte por olhos sombrios diante de mim. Mas não falo da morte literal. Falo da morte em toda sua abrangência de significados. Vejo a morte como ponto mais próximo de um novo começo. Preciso respirar e caminhar meus passos duros até que o guindaste se reerga e me leve com ele ao ponto de onde paramos. Assim eu posso lutar. Assim eu posso viver pendendo-me mais ao lado da esperança que à descrença na própria fé.


(Lana Aurik)

domingo, 14 de novembro de 2010

!! Prazeres Violentos, fins violentos !!



"These violent delights have violent ends And in their triumph die, like fire and powder, Which as they kiss consume: the sweetest honey Is loathsome in his own deliciousness And in the taste confounds the appetite: Therefore love moderately; long love doth so; Too swift arrives as tardy as too slow."


(William Shakespeare)