segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Hoje as coisas parecem não estar tão bem...


Tem dias que a gente parece acordar sem forças pra lutar. Parece que o peso dos nossos problemas recai sobre nossas costas de uma só vez, como se o enorme guindaste que os segurasse sobre nossas cabeças, que até então somente nos deixava sentir o peso dos problemas bem suavemente, tem seu cabo rompido sobrepondo-nos algo que temos certeza não sermos capazes de carregar nos ombros.

É fácil dizer que devemos erguer a cabeça e continuar lutando pra nos reerguer, mas a verdade maior de tudo isso é que passamos a vida numa tênue linha. Sobre o fio de uma faca bem afiada. De um lado a satisfação, do outro a depressão completa. Em dados momentos tendemos a cair de um lado ora de outro e assim vamos até chegar ao fim do fim onde somos contemplados com a única forma de total ausência de sofrimento: a morte.

Viver sem sofrer um pouco não teria graça, pois não veríamos a beleza das alegrias. Por outro lado, cada vez que mergulhamos em nossas próprias frustrações, sentimo-nos sós e percebemos um pouco a morte.

Neste momento eu me sinto um pouco assim. Estou cansada e vejo a morte por olhos sombrios diante de mim. Mas não falo da morte literal. Falo da morte em toda sua abrangência de significados. Vejo a morte como ponto mais próximo de um novo começo. Preciso respirar e caminhar meus passos duros até que o guindaste se reerga e me leve com ele ao ponto de onde paramos. Assim eu posso lutar. Assim eu posso viver pendendo-me mais ao lado da esperança que à descrença na própria fé.


(Lana Aurik)

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